Os Tesouros Perdidos – Capítulo 1 | Conto de Fantasia Medieval

Um conto de Herica Freitas

Este conto foi escrito a partir das partidas de RPG na recompensa “The Gamers” dos padrinhos do RPG Next, utilizando o sistema Dungeons and Dragons 5° edição. O cenário utilizado foi o cenário próprio, porém baseando-se em localidades oficiais do sistema, Reinos Esquecidos. Apresentando: Allen Araújo como Coles Law, João Pedro como Percival, Michel Nantes como Hvítur (Branco), Rafael Pieper como Félix, Shoiti como Astarth e Valdo como Nepher.

Coloque seu fone de ouvido e curta!

▬ Autor:
Herica Freitas.

▬ Narração:
Brendo Santos.

▬ Masterização, sonorização e edição:
Rafael 47.


Contos Narrados apresenta, “BOs Tesouros Perdidos – Capítulo 1 – O Início de uma Jornada”, um conto de Fantasia Medieval.

Águas Profundas sempre recebe viajantes com suas mais calorosas tavernas. E essa aventura não poderia ter um início diferente do costume: aventureiros tomando um belo copo de cerveja em um estabelecimento do porto. O Cálice Prateado é uma taverna calorosa. Harbek Stonehand, um jovem e muito asseado anão, incomum para sua raça, recebe seus clientes com um farto sorriso no rosto, o que faz da taverna um local muito frequentado.

E ali estava um grupo tanto quanto incomum, que por hora ou outra despertava a curiosidade de aventureiros que passavam pelo local. Um meio-elfo robusto e com uma armadura pesada se intitulava Coles Law. Um gnomo, acompanhado de um corvo, curioso e bem-humorado, Félix era sua graça. Um tiefling, calado, bebericava sua cerveja; seu nome era Astarth. E talvez, o mais diferente de todos (até mesmo do tiefling), uma besta meio homem, meio leão, com pelagem branca e presas à mostra: Hvítur, ou simplesmente Branco, como os outros o chamavam.

A música era agradável, belas donzelas caminhavam pelo ambiente, a comida era fresca e boa e a cerveja de qualidade anã. O Cálice Prateado possuía uma cordialidade por si só, e não era apenas por Stonehand, mas pelo conjunto de fatores que faziam da taverna um ambiente aconchegante. No entanto, esse cenário se quebrou ao abrir-se uma porta, onde fez-se um silêncio. Um homem, humano, de cabelos e barba brancos, com cicatrizes de batalha e vestimentas de aventureiro, caminhava lentamente entre a porta e o balcão, regado pelo silêncio e olhar de todos que estavam ali.

Entre o silêncio e os passos do homem que ecoavam pelo salão, os rapazes ouviram murmúrios de pessoas; elas falavam coisas do tipo: mau presságio, mau agouro, mensageiro do caos e coisa ruim. Até mesmo o taverneiro, que sempre era cordial com os seus clientes, atendeu o homem com a cara torcida, sem render conversa. Félix, que alimentava Jubileu, seu corvo, dirigiu-se até o balcão, na esperança de encontrar alguma pipoca, pois a ave reclamava dos quitutes.

— Boa noite! — disse o jovem gnomo ao homem solitário que bebericava sua cerveja.
— Noite! — respondeu.
— Senhor taverneiro — dirigiu-se a Stonehand — o senhor não teria, por acaso, pipoca? Jubileu não gosta muito de biscoitos.
— Mas é claro, meu jovem aventureiro, com sua licença um instante. — Saiu Stonehand.

O homem tirou de sua mochila o que parecia ser um diário, pôs-se a escrever algumas palavras enquanto, com o dedo indicador esquerdo, acariciava a borda de seu copo. Félix, curioso com a tratativa ao homem, e também inquieto pela espera, pôs-se a espiar o que ele escrevia. Sem muita classe e sem disfarçar a curiosidade, o jovem gnomo conseguiu identificar palavras em comum relacionadas aos quatro elementos: água, fogo, terra e ar, fora alguns símbolos que ele não entendia, mas que pareciam ser importantes, pois pareciam ter sido reforçados várias vezes.

Um a um, Astarth, Coles e Branco se aproximaram de Félix, encorajados pela curiosidade e pela afeição de surpresa que o gnomo fazia ao bisbilhotar as anotações do homem. Não tardou muito até que o viajante misterioso estivesse cercado pelos quatro companheiros.

— Então — Astarth quebrou o silêncio — ouvi das pessoas que o senhor é um mau agouro. Você, por acaso, é meu parente distante?
O homem olhou Astarth, esboçou um singelo sorriso e respondeu:
— Improvável que sejamos parentes. Não que eu possua preconceitos contra sua raça, mas é bem improvável que humanos e tieflings tenham parentesco.
— Eu só quis perguntar mesmo, obrigado — respondeu.
— Mas por que as pessoas o chamam assim? — Coles Law insistiu.
— Eles me acham culpado de aventureiros não retornarem dos meus serviços. É isso! — respondeu abertamente.
— Serviços? E você paga bem? — Branco questionou.
— E que raça temos aqui? Nunca encontrei tal criatura em toda minha vida — perguntou surpreso.
— Eu sou um leonin, uma raça de um lugar distante. Não se preocupe, é comum que as pessoas tenham esse choque — respondeu — Mas e quanto ao trabalho?
— Não eu, mas a recompensa é maior do que imaginam — observou o grupo.
— Por que não começamos do começo? Eu sou Coles Law.
— Eu sou Félix.
— Astarth.
— Hvítur, mas me chame de Branco.
— Renferum Eadreginhewbeorn, um aventureiro aposentado.
— E qual é o trabalho? — Félix já estava eufórico.
— Podemos conversar em um local mais reservado? — Renferum sugeriu.

Logo os cinco estavam em uma sala à parte. Chamas em tom de amarelo e laranja dançavam em uma grande lareira ao fundo. Um urso empalhado estava logo à frente da entrada e, ao centro, jazia uma mesa com cinco cadeiras vazias. Renferum se sentou em uma delas e esperou pacientemente até que todos se acomodassem.

— Senhores — ele encarou um a um — há alguns anos, eu era um herói, aventureiro assim como vocês. Éramos um grupo de aventureiros que vagavam pelo reino à procura de trabalho, dinheiro e diversão. Em uma de nossas façanhas, encontramos um mago muito poderoso, que dizia defender o mundo de um grande mal, em conjunto com mais quatro guerreiros. Ele nos deu a missão de coletar tesouros para ele, para que pudesse munir seus heróis com a graça de vencer o mal. Porém, isso custou a vida de meus companheiros e, depois de derrotarmos o mal, o dinheiro já não era importante para mim. Eu doei minha recompensa, que seria dividida entre nós, pois não era digno de recebê-la.

— Salvar o mundo? — Félix parecia anestesiado.

— O Mago Elemental manteve contato comigo nos últimos anos, entretanto há pouco mais de uma semana que ele não responde meus corvos, e estou preocupado. Sabe, eu já sou velho, cansado, e como puderam ver, ninguém aqui ousa fazer um grupo comigo para que eu possa ir encontrar meu amigo. Logo, tenho mandado aventureiros a seu encontro, que não retornam.

— E você quer que nós façamos isso? — Coles perguntou.

— Sim, eu posso pagar.

— Como, se você doou todo seu dinheiro? — Coles seguiu retrucando.

Renferum abriu sua mochila, tirando outra mochila, pouco maior do que uma algibeira. De dentro dela, os quatro viram surgir um cálice, de ouro maciço e cravejado de rubis e esmeraldas. Ele colocou-o sobre a mesa, deixando que os viajantes contemplassem sua beleza, e prosseguiu:

— Este cálice é a última peça do meu tesouro. Está avaliado em 100 moedas de ouro, e será de vocês se trouxerem notícias de meu amigo.

— Certo. E você não cogitou ir até lá de maneira alguma? — Coles persistiu.

— Como disse, o caminho é tempestuoso. São dois dias de caminhada até a fazenda do Mago Elemental, eu não conseguiria viajar sozinho. E também existem perigos na estrada.

— Era disso que precisávamos saber — Astarth disse. — Que perigos?

— Goblins! Eles atacam viajantes e aventureiros pela noite, os levam para sua caverna e sabe-se lá, Unícolas, o que eles fazem com essas pessoas.

— É uma informação importante — Branco destacou.

— A gente só precisa ir até lá e trazer seu amigo? — Félix perguntou.

— Não trazer, mas me dizerem se ele está bem, ou fazer com que ele responda meus corvos.

— Está certo. E onde fica essa fazenda? — Branco perguntou.

— Dois dias de caminhada pela Trilha do Mar da Lua, em direção ao norte.

— E você tem um mapa? — Astarth perguntou.

— Talvez o taverneiro tenha. Eu vi um grupo que conseguiu algo com ele na última vez.

Os quatro se entreolharam, assentiram com a cabeça, se levantaram, e Félix quebrou o silêncio:

— Acho que temos nosso primeiro trabalho na região, pessoal.


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