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CNa#006: Abbadon, o Ceifador – Rapina | Jean Fernandes

Abbadon, o Ceifador - Rapina

Esse curto “Contos Narrados” que você está prestes a ouvir foi produzido por Jean Fernandes, um padrinho do RPG Next. A história apresenta o passado Abbadon, o Ceifador, um personagem de RPG…

 

(Som de vento, pegadas na neve e corvos)

[Inverno do ano 1152]

 

A missão foi um fiasco. Para o império isso pouco importava, éramos descartáveis.

Nunca chegamos ao nosso destino, tampouco retornamos à cidadela. Uma nevasca no alto das Montanhas do Norte foi o suficiente para levar embora os nossos homens. Aqueles que resistiram ao frio, morreram desidratados ou de fome, e eu…bem… eu era o próximo…

 

Vagando pela neve espessa, sem rumo ou esperanças. avisto uma pequena clareira no horizonte. Me aproximo. Uma pequena casa de pedra no meio da alva imensidão. Percebo o ranger da porta ao se abrir, e entro em silêncio.

 

 

Ao centro da sala fria, apenas uma velha senhora cega de vestes negras a fiar. A cada giro da roca, murmúrios, gritos e desespero tomavam conta do ambiente. Por um momento pensei ter ouvido vozes familiares, talvez dos meus próprios companheiros. Os fios espalhavam-se no recinto, entrelaçavam-se, ramificavam-se e se desfaziam. Cada fio parecia ressoar uma história, um início, um meio e um fim. Formavam uma verdadeira teia repleta de vida e morte.

 

Um voz então ecoou em minha mente:

  • Ao longo das eras os homens têm roubado a minha função. Têm decidido por mim. Têm causado desequilíbrio. Deusas como eu já não são mais temidas, já não são mais celebradas… Eles acreditam em falsos profetas, mas eu sou a única que cumpre o prometido… Uma Deusa que não se conhece em vida…
  • Mas… mas quem está falando? Quem é você?
  • Eu sou o elo entre o mundano e o desconhecido. Eu sou terror e alívio. Eu acalmo o coração dos enfermos e sou o cotidiano para aqueles que guerreiam. Sou tempo, sou inverno, sou fiandeira e sou o destino. Eu sou Rapina, Deusa da Morte.

 

(Silêncio)

 

  • E-e-eu estou morto então? É isso que a morte me reserva?
  • Se dependesse da vontade dos homens, sim… você estaria morto. Mas esse ainda não é o fim que reservei a você. Tenho um novo propósito para lhe oferecer. Ficará aqui e aprenderá o sentido das teias. Compreenderá que a morte é necessária para manter o equilíbrio. Será um guia, com poder sobre a vida e sobre a morte, fazendo a minha vontade sobre a Terra.
  • E se eu não quiser?
  • Não se negocia com a Morte…Você pode me obedecer e venerar, ou simplesmente morrer pela vontade dos homens. Homens estes que nem se quer sabem da sua existência. Homens que querem um poder que não lhes pertencem. Está na hora de restaurar a ordem natural dessa existência…

 

[5 anos depois. Residência Imperial, aposentos do imperador]

 

(Som de vidro quebrando)

 

  • Ahhhhhhhh….. Como ousa me incomoda no meio da noite? Quem autorizou a sua entrada em meus aposentos??? GUARD….

 

(Som de tropas em movimento)

 

  • Shhh! Esse é o fim da linha para você.
    Que Rapina conduza a sua alma.

 

(Som de Corte da Arma, sangue caindo, e alma agonifante)

 

[Abbadon, o Ceifador]

 

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